Desmaio
Cuidei que era poesia
O cair lento de uma pétala de ramo,
Folha plácida que morria
Num suspiro tépido da brisa
Que é de um sopro derradeiro
Do ano sem fôlego inteiro.
Tudo é um êxtase à minha volta,
E se sossego por um segundo
Sinto o pulso vital do Mundo
Por um sentido que não é gosto nem vista,
Mas de tato que é só de um coração imerso
No anfiteatro do Universo.
O céu escorre lento;
Desfalece a Oeste do dia que morreu
Num luto que as estrelas
Não reconhecem como seu.
A palidez da lua dá-me um alumiar grave,
E daqui reluzem os passos
Prateados dos que sob ela sonham.
Somos todos a mesma coisa derradeira
E querê-la maior é vê-la inteira
Num momento de compasso,
Fugacidade de uma pétala desmaiada.
Até a ela observam as estrelas;
Diferem entre nós apenas os corações
E a grandiloquência das ambições.
O cair lento de uma pétala de ramo,
Folha plácida que morria
Num suspiro tépido da brisa
Que é de um sopro derradeiro
Do ano sem fôlego inteiro.
Tudo é um êxtase à minha volta,
E se sossego por um segundo
Sinto o pulso vital do Mundo
Por um sentido que não é gosto nem vista,
Mas de tato que é só de um coração imerso
No anfiteatro do Universo.
O céu escorre lento;
Desfalece a Oeste do dia que morreu
Num luto que as estrelas
Não reconhecem como seu.
A palidez da lua dá-me um alumiar grave,
E daqui reluzem os passos
Prateados dos que sob ela sonham.
Somos todos a mesma coisa derradeira
E querê-la maior é vê-la inteira
Num momento de compasso,
Fugacidade de uma pétala desmaiada.
Até a ela observam as estrelas;
Diferem entre nós apenas os corações
E a grandiloquência das ambições.
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