Fomos
Um visco lento quase
ácido
De formas
entrecortadas,
Cai como um pano
entre atos
Por meandros de
firmamento
Solto e vago,
incauto e verde,
Salivando um manto
breve
Na plenitude da
vontade.
Escorre nos raios de
Sol
e pela chuva,
Assola-nos, absortos, no movimento,
Agrilhoa-nos o
entendimento
Na leveza de uma
asneira
De criança curiosa.
Vem e nunca volta,
Parte e faz-se
sentir,
Um horizonte calcado
e criado
A cada passo, hora,
minuto e segundo,
Na dúvida de um
mergulho eminente.
E como olhamos a
treva…
E como vemos o passo
curto ou largo
Seguro ou manco de
sensatez,
E como olvidamos o
horizonte…
Na distância
estamos sós,
E a caminhada
farta-se de nós
E nós do mundo.
Choro e calma e
amor,
Alegria e a tristeza
que trazemos inútil...
Fomos.
Comentários
Enviar um comentário